As tecnologias nos
permitem acessar, quer seja pelo celular ou computador, informações sobre todos
os assuntos de forma instantânea. Mas toda essa facilidade para encontrar e compartilhar
notícias também trouxe o risco de, sem querer, espalharmos notícias falsas, os
chamados “fake-news”.
Para não difundir
mentiras pelas redes sociais é sempre bom estar atento e ter em mente que a
produção e o compartilhamento de notícias falsas e boatos é crime. Quem pensa que
está imune e agindo no anonimato por trás das telas do computador ou do celular
engana-se. Com tecnologias avançadas a Polícia Cientifica, especializada em
crimes praticados pela internet, descobre facilmente quem faz as postagens e
quem a replica.
As penas para esses
crimes podem chegar a três anos de detenção. Além de multas. No começo deste
ano a Polícia Federal prendeu 19 pessoas, em cidades de quatro estados brasileiros,
suspeitos de cometer crimes cibernéticos.
As notícias com teor inteiro ou parcialmente
falso causam prejuízos em diversos sentidos e dissemina-las pode gerar efeitos
legais graves, trazendo consequências para quem reproduz tais mentiras.
Advogados alertam que
quem se considerar vítima do conteúdo de uma notícia falsa pode buscar medidas
judiciais para responsabilizar o criador ou divulgador da matéria. Seja na
esfera cível, por meio de indenização reparatória ou na esfera criminal, que
pode levar a condenação por crimes de injúria, calúnia e difamação, cujas penas
variam de um mês até três anos de detenção, além de pesadas multas.
Cabe lembrar ainda que
a Lei nº 12.965, de 2014, conhecida como Marco Civil da Internet, estabelece
diretrizes, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
Além disso, os provedores de internet e locais de hospedagens ficam autorizar a
remover conteúdos quando comprovado que a matéria publicada for inverídica ou
alterada da realidade dos fatos.
Quatro dicas para não
compartilhar fake-news
1ª) Cheque as fontes
Fique atento à fonte da
notícia, de onde ela foi extraída, se é confiável e se de fato é um jornal, uma
revista ou veículo de comunicação que realmente existe. Verifique se a
informação foi publicada em mais de um veículo de comunicação.
2ª) Leia a notícia completa
Lei integralmente, com
calma, o texto divulgado e não somente ao título da matéria. Em caso de áudio
ou vídeo proceda da mesma forma.
3ª) Confira a data da
notícia
A análise da data em
que a notícia foi escrita é essencial, pois ainda que fosse autentica naquela
época, a matéria pode já ter perdido sua contextualização, facilitando
conclusões erradas sobre o assunto.
4ª) Desconfie de
matérias sensacionalistas
Sites de veículos com
baixa credibilidade tendem a publicar notícias que despertam a curiosidade do
leitor por meio do sensacionalismo. Portanto é bom evitar e ficar atento a esse
tipo de conteúdo. E se pedem para você repassar com urgência é aí que deve
desconfiar ainda mais da informação, pois querem lhe induzir, com a pressa, a
cometer o erro de passar adiante uma informação que não é verdade.
Cuidados com matérias
falsas
Se mesmo depois de
tomar todas as precauções ainda lhe restem dúvidas sobre o conteúdo da
informação, o melhor é não compartilhar. Assim evita-se o repasse de
informações não confiáveis e o pior: o de colocar seu nome na descrença das
pessoas que recebem notícias falsas de você.
Como saber se é fake?
Procurar outras fontes
confiáveis antes de divulgá-las. Com uma simples pergunta no *Google* indagando,
por exemplo, sobre a informação em menos de 3 segundos vão surgir milhares de
sites que desmentirão ou confirmarão.
Existem também dezenas
de sites e ferramentas para consultar mensagens duvidosas. Relacionamos alguns
deles abaixo:
E-Farsas é um dos sites de checagem de notícias mais antigo que foi criado para evitar
proliferação de boatos.
Fato ou Fake faz apuração de notícias falsas com uma equipe composta por jornalistas que
trabalham em veículos como Época, Extra, G1, CBN, Extra, TV Globo, GloboNews,
jornais O Globo e Valor Econômico.
Boatos.Org Site
feito por jornalistas ávidos em descobrir a verdade. É mantido por anúncios.
Agência Lupa é
composta por jornalistas que fazem a checagem de fatos, principalmente
políticos. Está ligada ao grupo Folha de S.Paulo.
Projeto Comprova reúne jornalistas de 24 diferentes veículos de comunicação brasileira para
descobrir e investigar informações enganosas, inventadas e deliberadamente
falsas.
Fake Check é
uma plataforma criada pela junção de pesquisadores da Universidade de São Paulo
(USP) e da Universidade Federal de São carlos (UFSCar) para avaliar se o texto
é verdadeiro ou falso.
Saúde sem Fake News para combater informações sobre saúde, o Ministério da Saúde, disponibilizou um
número de Whatasapp para receber informações virais, que serão apuradas e
respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.
Fato ou Boato ferramenta lançada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que faz algumas
recomendações: Fique atento à fonte da notícia. Leia o texto da matéria, não
apenas o título. Preste atenção no endereço eletrônico da reportagem. Confirme
a notícia em outros sites.
Comprove A Câmara dos Deputados também criou um sistema
para as pessoas tirar dúvidas sobre conteúdos recebidos pelas sociais ou
divulgadas em sites duvidosos da internet sobre as ações dos deputados. Também
disponibiliza o whatsapp (61) 99660-2003 para atender essas demandas.
A Pública é uma
agência fundada em 2011 por repórteres mulheres e hoje é composta por profissionais
renomados do jornalismo investigativo brasileiro, que atuam ou atuaram nos
principais veículos de comunicação do País.
Aos fatos é uma
agência que apura notícias falsas e desvenda, por meio de tecnologia e inteligência
artificial, fotos e vídeos montados.
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