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Sindicalistas se aglomeram em frente da sede regional do Ministério do Trabalho para protestar |
Representantes de
sindicatos reuniram em frente da sede da agência do Ministério do Trabalho em São
José do Rio Preto para protestar contra o anúncio do fechamento do órgão. O
vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Hilário Ruiz, foi o primeiro a se
manifestar no ato, dizendo que o fechamento do Ministério do Trabalho seria um
retrocesso para a classe dos trabalhadores e até mesmo patronal, pois é uma
instituição que tem grande importância social nas relações de trabalho.
“Não podemos ficar de braços
cruzados”, afirmou Ruiz, acrescentando que a classe trabalhadora e os
empresários esperam que o governo reconheça a importância desse ministério. “Esperamos
que esse Ministério não acabe, e sim fortaleça”.
Representantes do
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais denunciaram o desmonte na
estrutura de proteção social aos trabalhadores como parte da reforma
trabalhista. “Esse governo, que ainda nem tomou posse, já começou mal, querendo
sucatear e fechar o Ministério, que é a casa dos direitos do trabalhador”,
afirmou um dos representantes do Sindicato dos Servidores.
Um representante de
sindicato patronal também estava presente no ato para se manifestar contra o
fechamento do Ministério do Trabalho. Em “off” confidenciou que tem acompanhado
que faltam funcionários nas delegacias regionais do Ministério do Trabalho. “Em
São Paulo e Brasília devem ter funcionários em excesso, mas aqui na nossa
região faltam funcionários”, disse. No entanto ele se retirou do local, quando
percebeu discursos exagerados em tons de críticas com viés contra os sindicatos
patronais..
O próprio perfil oficial
do Ministério no Twitter se manifestou sobre o risco de fechamento: “O futuro
do trabalho e suas múltiplas e complexas relações precisam de um ambiente
institucional adequado para a sua compatibilização produtiva, e o Ministério do
Trabalho, que recebeu profundas melhorias nos últimos meses, é seguramente
capaz de coordenar as forças produtivas no melhor caminho a ser trilhado pela
Nação Brasileira”.
Presidente volta atrás
O presidente eleito Jair
Bolsonaro (PSL) tinha afirmado que o órgão deveria ser incorporado por “algum
ministério”. Mas ontem (13) voltou atrás e disse que o Trabalho manterá status
de ministério, sendo reunida com outra pasta, ainda indefinida.
O Ministério do Trabalho
tem 88 anos de história. Criado em 1930 pelo presidente Getúlio Vargas, o
Ministério do Trabalho tinha como base reger os conflitos existentes entre o
capital e o trabalho. O primeiro titular da pasta foi Lindolfo Collor, avô do
ex-presidente Fernando Collor. Na gestão de Lindolfo criou-se, entre outros
benefícios, o salário mínimo, a jornada de oito horas e o direito do
trabalhador a férias.
Em nota, o Sindicato Nacional
dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) defende a manutenção do status da
pasta e disse que busca interlocução com membros do futuro governo. “Para o
Sinait, o melhor caminho é a manutenção do Ministério do Trabalho, por sua
importância no cenário nacional. É preocupante que a declaração de extinção do
Ministério do Trabalho não venha acompanhada de detalhes sobre os
desdobramentos de acomodação dos serviços prestados à sociedade brasileira,
especialmente quanto à unidade das atribuições da Auditoria-Fiscal do Trabalho,
espinha dorsal do Ministério do Trabalho”.
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Representantes do Sindicato dos Frentistas (de camiseta vermelha) com os dirigentes do Sindicato dos Bancários |
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Hilário Ruiz, diretor do Sindicato dos Bancários, durante protesto na frente do Ministério do Trabalho |
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Darci, diretor do Sindicato dos Bancários, durante protesto |
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Sindicalistas se reúnem em frente da sede do Ministério do Trabalho em Rio Preto |
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Daniel Vitolo, diretor do Sindicato dos Bancários, coloca faixa para manifestar apoio ao protesto |
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Dirigentes do Sindicato dos Bancários durante ato de protesto em frente do Ministério do Trabalho em Rio Preto |
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Sindicalistas colocam faixas nas grades da subsede do Ministério do Trabalho em Rio Preto |
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Dirigentes do Sindicato dos Bancários, durante protesto em frente da subsede do Ministério do Trabalho |
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Hilário Ruiz diz que fechamento do Ministério do Trabalho será prejudicial para os trabalhadores e patrões |
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Hilário Ruiz afirma que Ministério do Trabalho não pode ser fechado |
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Hilário Ruiz, vice-presidente do Sindicato dos Bancários, afirma que fechamento do Ministério seria um retrocesso |
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Hilário Ruiz, vice-presidente do Sindicato dos Bancários, foi o primeiro a se manifestar no ato |
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Sindicalistas e funcionários do Ministério do Trabalho dão as mãos para abraçar a sede do Ministério em Rio Preto |
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Ato é encerrado com "abraço simbólico" à sede regional do Ministério do Trabalho em rio Preto |
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Sindicalistas se unem contra o fechamento do Ministério do Trabalho |
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Abraço simbólico à sede regional do Ministério do Trabalho em São José do Rio Preto |
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Busão da Beleza, do Sindicato dos Motoristas, serviu de apoio ao protesto para os sindicalistas |
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Hilário Ruiz, vice-presidente do Sindicato dos Bancários, discursa durante protesto na frente do Ministério |
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Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Rio Preto participaram em peso do protesto |
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